domingo, 24 de julho de 2016

Como fazer seu próprio biofertilizante

O biofertilizante é um dos fertilizantes mais completos, para uso tanto em jardinagem, como em plantas ornamentais, aromáticas, hortaliças, folhagens, etc.
Também é utilizado há muito tempo como um repelente natural, que ao invés de matar os insetos, os repele, deixando as plantas livres de pragas. É usado também no tratamento de sementes, prevenindo o ataque de pragas e doenças e fornecendo o fertilizante inicial para a planta em formação. Para utilizar em sementes, basta deixá-las de molho por 4 a 5 minutos, e depois colocá-las para secar à sombra. As sementes assim tratadas, deverão ser plantadas imediatamente, pois após um período, perdem seu poder germinativo.


Em propagações vegetativas, como em estaquias, alporquias, mergulhias, etc, também poderemos fazer uso do biofertilizante. Em estacas, por exemplo, pode ser utilizada a mesma técnica descrita para sementes.
O melhor uso deste excelente produto, se obtém através da pulverização. Desta forma podemos antecipar e prolongar floradas, podemos ter mais de uma florada por ciclo, prevenir o ataque de pragas, além de deixar as plantas mais vistosas e saudáveis. A pulverização deverá ser sempre feita à tarde, e após uma farta irrigação, para não causar estresse hídrico as plantas pois, apesar de natural, é um produto concentrado.
Passo a passo do biofertilizante:
Uma bombona grande é ideal para a produção do Biofertilizante
Uma bombona grande é ideal para a produção do Biofertilizante
O biofertilizante é  simples de se fazer. Em um recipiente, que pode ser um garrafão d’água de 20 litros, ou uma bombona de 50 até 200 litros, coloque 50% de esterco bovino fresco, adicione mais 50% de água não clorada. Esta água não clorada, pode ser de fontes, poços, ou água de chuva. Outra maneira de obtê-la é utilizando a água comum da torneira, deixando-a descansar destampada por pelo menos 24 horas. O cloro é muito volátil e evapora totalmente após este período.

Misture bem o esterco com a água, e deixe fermentar naturalmente. Este recipiente deve ser hermeticamente fechado, pois caso houver alguma entrada de ar, o oxigênio interromperá o 
processo
Misture bem o esterco com a água, e deixe fermentar naturalmente. Este recipiente deve ser hermeticamente fechado, pois caso houver alguma entrada de ar, o oxigênio interromperá o processoanaeróbico envolvido na produção deste fertilizante. No processo de fermentação, se formará gás metano, o que pode acumular e provocar explosão. Assim, use uma mangueirinha na tampa do recipiente (garrafão ou bombona). A ponta desta mangueirinha deve ficar dentro de uma garrafa (pet) com água. A finalidade da mangueirinha é deixar escapar o gás metano, sem deixar entrar para o recipiente o oxigênio. Trata-se de um “selo d’água”, ou válvula de alívio. Para proteger o meio ambiente, este gás pode ser eventualmente queimado.
Após 30 dias, o biofertilizante estará pronto para uso. Se a opção for pulverizar as plantas, o produto deverá ser coado, evitando assim o entupimento do bico do pulverizador. As pulverizações deverão ser feitas a cada 8 ou 10 dias, dependendo da necessidade das plantas.

O aspecto do Biofertilizante pronto
O aspecto do Biofertilizante pronto
O biofertilizante poderá também ser usado na irrigação das plantas. Os intervalos são os mesmos, ou seja, a cada 8 a 10 dias. A concentração ideal é de 25 a 30% de biofertilizante para 70 a 75% de água. Então, para cada 10 litros de água, use 2,5 a 3 litros do biofertilizante.

Também pode ser utilizado puro, sem diluir, na terra dos vasos por exemplo. Fazendo assim e deixando de 4 a 5 dias descansando antes de plantar, o biofertilizante elimina as bactérias e fungos nocivos que por ventura possam estar contaminando o substrato, além é claro, de enriquecê-lo com nutrientes para as plantas.Apesar de todas estas vantagens, o uso do biofertilizante não dispensa as adubações normais necessárias às plantas. Ele é um importante coadjuvante na promoção e na manutenção da saúde das plantas, mas para resultados excelentes, ele deve ser utilizado juntamente com boas práticas de manejo, como uma boa irrigação, iluminação, fertilização, e todos os cuidados de que necessitam as planta



Como implantar um gramado

Quem nunca sonhou com um tapete de grama verdinho? Pra deitar e rolar, fazer esportes, piqueniques ou simplesmentepara contemplar? Pois saiba que isso é possível e cabe em todos os bolsos, basta ter um cuidado especial no plantio e a medida certa de carinho na manutenção. Afinal, tudo que é feito com amor e atenção fica bonito. Este artigo não pretende desvendar todos os segredos para o plantio de gramados perfeitos, daqueles de golf, mas com certeza fornecerá a ajuda inicial para um gramado bonito e sem falhas. Vamos lá?
O primeiro passo para implantar um gramado é a mediçao da área. Não deixe esta tarefa com a gramadora, pois sabendo exatamente quantos metros quadrados há, você poderá economizar uns bons reais. Arme-se de trena e mãos a obra. Nesta hora um ajudante é muito útil para segurar uma das pontas da fita. Para áreas maiores utilize uma corda extensa, marcando os metros com fita adesiva. Em áreas maiores ainda é imprescindível o uso do GPS, que hoje em dia é tão acessível. Em áreas irregulares, vale lembrar as fórmulas de geometria para calcular a área direitinho.
Colete também informações sobre o tipo de solo, o clima e o uso a que estará sujeito o novo gramado, pois cada espécie é mais adaptada a um ou outro tipo de situação e, definir isso antes, evita grandes erros.
É importante ter em mãos o projeto paisagístico, ou pelo menos um rascunho de onde ficarão os canteiros, os caminhos, os arbustos e as arvores. Assim ficará mais fácil excluir estas áreas da metragem total. Não esqueça de levar em conta as áreas que ficarão sombreadas, pois elas precisarão de algum outro tipo de forração que não seja a grama. Plantar grama em áreas sombreadas (e insistir nisso) é um dos erros mais comuns. Gramas gostam de muito sol, mesmo aquelas que toleram áreas semi-sombreadas nunca ficam tão bonitas e fechadas quanto se estivessem sob o sol.
Após medir, faça a coleta de uma amostra para a análise de solo. Muitas pessoas pulam essa parte, o que acaba custando o futuro do gramado. Tenha em mente que a análise de solo fornece informações valiosas sobre o tipo de solo, sua condição física atual, além de dados sobre a fertilidade. É um teste muito barato, simples e que fica pronto rapidamente. Procure o laboratório de análises de solos mais próximo e peça as instruções para a coleta da amostra. Não tem laboratório de solos por perto? Não é desculpa, pois muitas empresas aceitam remessas enviadas pelo correio. Uma busca rápida na internet e você encontrará um punhado delas.
Após a análise fica muito mais fácil corrigir a fertilidade e o pH. Você não desperdiçará recursos e também não faltarão as condições que o seu gramado precisa para se desenvolver pleno e saudável. Não esqueça que a calagem deve ser feita com pelo 3 meses de antecedência, para corrigir adequadamente o pH do solo e não interferir nos fertilizantes aplicados durante o plantio.
Esse é o momento ideal de decidir também se o seu gramado terá irrigação automática ou não. Na dúvida consulte um agrônomo especializado. A implantação de um sistema de irrigação automática pode não ser muito barata, mas é um investimento muito válido, que poupará tempo (e dinheiro gasto em água) na hora de irrigar o gramado futuramente.
Após todas as medições, cálculos e análises feitas, escolha a grama que mais se adapta às suas condições e seu gosto pessoal. Veja no link a seguir os diferentes tipos de gramas utilizados no Brasil:
http://www.jardineiro.net/classe/gramados
Tenha o cuidado também de drenar áreas empoçadas ou muito úmidas do terreno neste momento. As gramas não toleram excesso de umidade e ficam sujeitas a pragas e doenças nestas condições. Além de que, o crescimento do gramado fica desigual com áreas mais secas, intercaladas com áreas mais úmidas. Isso pode ser melhorado por meio de um adequado nivelamento do terreno, o que ajudará também no aspecto uniforme da grama.
Um agrônomo também poderá ajudá-lo a eliminar as ervas daninhas antes da implantação. Áreas pequenas são facilmente controladas com a capina, mas áreas maiores necessitarão de um herbicida não seletivo e de baixo poder residual. Os mais modernos se degradam rapidamente em contato com o solo e assim permitem que o gramado seja plantado no dia posterior à aplicação.
Após o controle das daninhas, prepare o terreno, removendo todo e qualquer entulho e destorroando bem os primeiros 15 cm do solo. Se a matéria orgânica estiver baixa ou se o solo for excessivamente argiloso ou arenoso (a análise dirá isso), adicione terra vegetal de boa procedência, que foi bem compostada, livre de sementes de plantas daninhas. Na dúvida, prepare seu próprio composto e garanta que ele atingiu altas temperaturas antes de utilizá-lo no gramado