sexta-feira, 11 de setembro de 2015

como cultivar a grama bermuda e mantê-la


GRAMA BERMUDA






Gramados de Grama Bermuda
Recomendações de Plantio e Manutenção
Jardins e Áreas Industriais
Implantação:


1. Local: Gramas Bermudas são próprias para clima temperado a tropical, e pleno Sol, não suportando qualquer sombreamento, mesmo os feitos por muros, árvores e etc. Para estes locais deve-se usar outro tipo de grama, como São Carlos ou Santo Agostinho. Podem ser usados em áreas extensas, taludes ou em campos esportivos.
2. Calagem: toda e qualquer grama Bermuda necessita de solo com ph neutro, portanto, pelo menos 30 dias antes do plantio, deveremos aplicar de 250 a 400g por metro quadrado de calcário dolomítico, se possível com recomendação baseada em análise química do solo, e incorporar com um enxadão ou com grade ou arado, caso de terrenos maiores.
3. Adubação de Base: deve-se aplicar uma fonte de fósforo, como Superfosfato Simples, Farinha de Ossos ou Termofosfato, na base de 80 a 100g/m2, de acordo com a fertilidade natural do solo, ou análise química do solo.
4. Preparo do Solo: o solo deve estar bem destorroado e rastelado para retirar todos os restos vegetais, pedras e impurezas do terreno
5. Semeadura: deve ser feita a lanço, na base de: Usos Quantidade de Sementes
Parques e Praças 500 g/100m2
Jardins Residenciais 700 a 1.000g/100m2
Áreas Industriais 500 a 800g/100m2
Campos Esportivos 0,5 a 1 kg/100m2

6. Incorporação das Sementes: as sementes devem ser incorporadas na profundidade máxima de 0,5cm. Para tanto o ideal é que se faça uma cobertura de areia fina ou média lavada, aplicada com peneira ou outro modo de aplicação uniforme, sendo excelente que se passe um rolo após a semeadura e cobertura para que haja germinação uniforme. 7. Irrigação: deve-se manter o solo úmido, não encharcado, portanto é bom fazer regas pequenas pelo menos duas vezes ao dia, o suficiente para manter o solo úmido, principalmente durante o período de germinação e de crescimento inicial. Após, pode ser feito a cada dois a três dias até a cobertura total do solo. 8. Primeiro Corte: Para que a grama feche de modo uniforme e que não emite “estolões aéreos” deve-se fazer o primeiro corte aos 20 dias de germinado, com uma máquina de lâmina muito bem afiada a uma altura máxima de 2,5cm 9. Adubação de Cobertura: importante para dar aquela cor verde escura no gramado, e melhor cobertura. Pode usar Sulfato de Amônia ou Nitrato do Chile, na base de 20g/m2 ou Torta de Mamona, 30g/m2 aos 30 dias de germinadas as sementes. Manutenção 1. Ciclo de Corte ou Poda: os gramados de Grama Bermuda são muito bonitos e compõe de modo diferenciado, qualquer projeto ornamental ou paisagístico. Sua coloração verde escura e sua textura fina devem ser conseguidas com o ciclo de corte a manter a altura entre 2 a 4cm. Mais do que isto, ela tende a soltar estolões aéreos que tornam sua aparência mais grosseira. Não deve economizar corte do gramado. Vale lembrar que grama é o revestimento mais nobre de solo que existe. 2. Controle de Pragas: pode ser que o gramado seja atacado por lagartas, e seu controle deve ser feito com inseticidas recomendados por Engenheiros Agrônomos. Saúvas também tendem a atacá-la, e o uso de formicidas, tanto iscas ou outros meios é recomendado. 3. Controle de Invasoras: deve-se manter o gramado sempre livre de ervas - daninhas que atrapalham seu desenvolvimento e sua aparência. A catação manual delas deve ser uma constante. 4. Adubações de Manutenção: as gramas bermudas respondem muito bem a adubações nitrogenadas, portanto deve-se aplicar, na base de 25 a 50g/m2 de Sulfato de Amônia ou formulado 20-00-20, dividido em três aplicações durante o período de Outubro a Fevereiro de cada ano.

Dicas para um gramado perfeito



Como formar seu Gramado



Nada menos que mil pés de grama convivem em cada metro quadrado de um gramado. E, ao contrário de uma horta ou canteiro, onde o solo pode ser revolvido, corrigido e enriquecido tantas vezes quantas forem necessárias, num gramado, depois de fechado, dificilmente se tem novamente acesso a terra. Por conseguinte, na maioria das vezes, as raízes das gramíneas terão de conviver pelo resto da vida com o solo que lhe for destinado quando do plantio. De suma importância para implantação de um gramado, o ph do solo é determinante para o sucesso do mesmo. Um índice de ph entre 5,5 a 7,5 é considerado bom para a maioria das gramíneas. Mas a verdade é que o ideal seria um índice entre 6,8 e 7,0 (FAZER ANÁLISE de SOLO).



Ou seja, solos praticamente neutros.

Formação de gramados por sementes

A principal vantagem deste método é o baixo custo. No semeio manual, a quantidade de sementes utilizada varia conforme a variedade e o poder germinativo. A distribuição deve ser uniforme, e o preparo do solo muito bem feito, com ênfase especial para a eliminação dos torrões. Após o plantio, e até a completa germinação, é muito importante que seja mantida uma boa freqüência de irrigação, bastante cuidadosa e feita com bocal de jato fino.
Uma forração do terreno com palha seca ou serragem, aliás, é altamente recomendável após o plantio

Este procedimento apressa a germinação por elevar a temperatura e manter o solo úmido, além de fornecer proteção aos brotos contra chuvas fortes; evita também o surgimento de ervas invasoras. A época ideal para o plantio de grande parte das gramíneas é na primavera e verão, porém poderá ser plantada o ano todo se as condições de tempo e temperatura forem favoráveis, principalmente na região Norte/Nordeste do Brasil. As sementes germinam melhor em temperaturas mais quentes desde que a área permaneça constantemente úmida.
Semeadura sobre áreas descobertas





1. Antes de semear, limpe a área completamente, removendo todo tipo de entulho, incluindo pedras, galhos e matos existentes. Se o solo estiver muito compactado, promova a sua descompactação com o uso de alguma ferramenta, como o enxadão ou similar.

2. Se a área for muito infestada de mato, aplique sobre o terreno algum produto específico para matar as plantas daninhas existentes. Siga corretamente as instruções de uso do produto no que se refere à dosagem, carência e método de aplicação.

3. Faça uma cobertura fina sobre todo o terreno utilizando-se de húmus de minhoca, terra vegetal peneirada ou algum condicionador de solo, se possível misturado com areia de granulometria média.

4. Nivele o terreno com um rastelo, fazendo com que à superfície fique lisa e uniforme para receber as sementes.

5. Molhe a área nivelada e verifique se há formação de pontos de encharcamento; tal procedimento e adotado para prevenir problemas futuros com a drenagem do local. Recomenda-se que em locais mais encharcados se execute a drenagem da área antes da semeadura.

6. Faça uma adubação inicial com fertilizante de formulação 15-30-8 ou similar à base de 100 g/m2. Aplique também calcário dolomítico a uma razão de 25 kg/100m2.

7. Faça a semeadura da área utilizando-se de um semeador ou manualmente, distribuído uniformemente a semente sobre o terreno. Aplique as sementes de acordo com a tabela de medidas recomendadas pelo produtor da mesma.
8. Após a semeadura aplique sobre todo o terreno uma cobertura fina com o mesmo composto usado na cobertura inicial, tomando-se cuidado para não soterrar as sementes. (0,5-1,0 cm). Certifique-se de que o terreno esteja bem firme, a fim de assegurar que as sementes entrem em contato com o solo úmido.

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É de suma importância e crucial para o sucesso da semeadura a presença de água. Molhe constantemente para manter o solo úmido, mas evite excessos para não formar poças ou encharcar a área. Molhe no mínimo duas vezes ao dia, durante o período de germinação. Após esse período continue molhando uma ou duas vezes por dia, dependendo da temperatura, até o gramado estar formado. Em regiões muito secas, molhe o terreno o quanto necessário para manter o solo úmido.

Depois de duas semanas procure por espaços ainda abertos e semeie novamente, repetindo o processo.

Em um período de quatro a seis semanas é possível iniciar o processo de adubação; comece por adubar a área com fertilizante de formulação 20-05-20 ou similar. Entre três a quatro semanas execute o primeiro corte, e depois corte regularmente mantendo o gramado na altura desejada; evite cortes muito rasteiros.
Processo de Crescimento


Fazer um gramado bonito e vistoso pode levar algum tempo. Acompanhe abaixo o que esperar durante o processo de plantio:
1) 1ª e 2ª semanas - Crescimento visual pode ser mínimo. As sementes, porém, em sua maioria, já estão germinando e logo às primeiras folhas aparecerão, se os procedimentos de plantio foram adotados corretamente.

2) 3ª e 4ª semanas - A grama começa a crescer, e com as adubações e irrigações algumas plantas daninhas podem brotar. Controle manualmente ou procure por algum produto químico seletivo que não afete a grama. Em seguida prossiga com as adubações recomendas.


É normal que o gramado no início pareça muito fino ou ralo, porém com as adubações e cortes freqüentes as

folhas se entrelaçarão formando um denso, verde e vistoso gramado.





1) Adubação de Manutenção
A adubação é uma prática essencial para a manutenção do gramado, seja ele de áreas residenciais, industrial, parques ou campos esportivos. São as adubações que vão tornar o gramado forte, com coloração verde escura, boa densidade de folhas, maior resistência a diversos estresses como doenças, insetos e pisoteio, e logicamente, permitirá um gramado mais vistoso e com rápida recuperação.
I. Macronutrientes primários

Nitrogênio (N) - O nitrogênio é o elemento requerido em maiores quantidades pela grama, por esta razão, é o elemento aplicado em maiores quantidades nos programas de adubação para gramados. O nitrogênio participa de todas as funções vitais do desenvolvimento da grama, por isso está diretamente relacionado com o crescimento da grama, no aumento do número de estolões e densidade de folhas, no crescimento de raízes, na coloração e no potencial de recuperação.




Quadro 1 – VARIEDADES DE GRAMÍNEAS E NECESSIDADE DE

NITROGÊNIO. Necessidade de Nitrogênio Quantidade de N por mês de crescimento* (g/100 m²) Variedades de Grama
Muito baixa 0 – 180 Batatais
Baixa 100 – 270 São Carlos, Festucas
Média 180 – 450 Esmeralda, Zoysias, Ryegrass (Ph. D), Santo Agostinho
Alta 230 – 680 Bermudas
Fósforo (P) - O fósforo é encontrado em todas as células vivas da grama, pois participa das principais funções fisiológicas da planta. O fósforo é considerado o elemento inicial do gramado, já que é responsável pela formação de raízes, tanto que uma boa concentração de fósforo é importantíssima no início da formação do gramado para formar um bom sistema radicular. Potássio (K) - O potássio é o segundo elemento mais absorvido pela grama, depois do nitrogênio. Embora ele não seja um constituinte das células vivas, ele participa de uma série de sínteses no crescimento e desenvolvimento da grama. II. Macronutrientes secundários O Cálcio (Ca) - Está retamente relacionado ao crescimento de raízes novas, particularmente, dos pêlos radiculares, responsáveis por grande parte da absorção dos nutrientes. O magnésio possui uma relação direta com a manutenção da coloração verde e no crescimento do gramado. A relação ideal entre cálcio e magnésio dentro da planta é de 7-10:1. A importância do enxofre está relacionada na composição de certos aminoácidos e proteínas, além de ajudar a manter a coloração verde das folhas da grama. III. Micronutrientes Os micronutrientes são tão importantes quanto os macros nutrientes, apesar de serem necessários em pequenas quantidades. A maioria dos solos possui a quantidade necessária dos micros para a grama na solução do solo, principalmente porque são constituintes da matéria orgânica, porém as deficiências de micronutrientes podem ocorrer em alguns solos, principalmente aqueles formados por base de areia, como os campos esportivos. São eles o ferro (Fe), o manganês (Mn), o zinco (Zn), o cobre (Cu), o molibdênio (Mo), o boro (B) e o cloro (Cl).

Matéria orgânica
A matéria orgânica é importante, pois contém os microorganismos responsáveis pela decomposição dos elementos formados por resíduos vegetais e na transformação dos componentes minerais do solo em nutrientes solúveis para serem absorvidos pelas plantas, além de melhorar as propriedades físicas do solo. Os nutrientes contidos na matéria orgânica são liberados de forma gradual.
Plano de adubação
Com as informações acima sobre a importância de cada nutriente e sua relação no solo e na grama, nosso próximo passo é descobrir as quantidades adequadas que devem ser incorporadas no solo e no gramado a ser trabalhado. Para isto, devemos realizar as chamadas análises de solo, onde podemos obter o conhecimento necessário das características químicas do solo, sua fertilidade e necessidade de nutrientes.
Manutenção do gramado no inverno
A dormência é um processo da planta de diminuição do seu metabolismo por um determinado período em que as condições ideais de crescimento não são favoráveis. Com isto a grama passa a acumular reservas de alimento, normalmente nas raízes, para serem utilizadas durante o período favorável de crescimento. Entendendo este processo natural da grama durante este período de outono-inverno, podemos elaborar as atividades que devem ser realizadas anteriormente e durante este período para procurarmos manter o gramado, dentro do possível, sempre bonito e vistoso. A primeira prática para ajudarmos o nosso gramado no inverno inicia-se nos meses de março e abril com as adubações potássicas.

A partir destes meses devemos equilibrar as fertilizações aumentando consideravelmente o elemento potássio e diminuindo o nitrogênio.

O potássio participa ativamente da composição da membrana celular das plantas, se relacionando diretamente com a proteção da grama, ou seja, quanto maior a quantidade de potássio, mais grossa e forte fica as paredes celulares das células das gramas, ajudando na prevenção de ocorrência de doenças e insetos e reduzindo o estresse da grama em relação ao pisoteio, seca e frio. Por causa disto, o potássio tem função importantíssima durante este período.

Em contrapartida, o nitrogênio atua diretamente no crescimento das plantas. Como as gramas não estarão crescendo ativamente, o nitrogênio não deve ser utilizado em excesso neste período, pois pode enfraquecer as paredes celulares e diminuir a resistência da grama ao aparecimento de doenças. O potássio pode ser aplicado em quantidades altas, pois seu excesso não prejudica o gramado e também devido a sua alta lixiviação (perda do nutriente no solo). As fontes mais comuns utilizada para as fertilizações com potássio são o Cloreto de Potássio, depois se segue o Nitrato de Potássio e o Salitre do Chile. Outra atividade importante e que deve ser ministrada diferentemente durante o período de outono-inverno são os cortes ou podas da grama. Como a grama está com o crescimento mais lento, a sua freqüência de corte deve-se alterada.

Durante o outono-inverno a grama não perde tanta água, por isso a sua reposição pode ser bem menor. A irrigação durante o inverno deve ser ministrada em intervalos maiores, para evitar que a grama fique seca, ou somente para tirar o sereno das folhas, que naturalmente ocorre neste período.

Estas práticas de manutenção, se realizadas adequadamente, permitem que o gramado mantenha- se em perfeitas condições durante o ano inteiro, evitando aquele gramado amarelado e seco, comum de se observar durante o inverno.
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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O Projeto de Paisagismo deve aproveitar a topografia natural do terreno com a implantação

de equipamentos adequados.

A Terraplenagem, a Drenagem, a Iluminação e os demais elementos do Projeto de

Paisagismo devem ser elaborados junto com os projetos similares do mesmo

Empreendimento.

Recomenda-se que as correções do solo, quando necessárias, sejam realizadas segundo

critérios de preservação ambiental .

Quando existirem comunidades organizadas nas áreas de intervenção pode-se prever a sua

participação no plantio e manutenção das espécies, etc. Ex : participação de jovens,

crianças e idosos nos cuidados com o plantio, colheita e extração de sementes das matas

próximas. Este trabalho deve ser planejado e articulado com outras áreas da Companhia.

2 Elementos paisagísticos


A vegetação, a terra, a morfologia do terreno, a água , os equipamentos de lazer, o

mobiliário urbano, a circulação, os passeios e a iluminação são elementos que devem ser

considerados na elaboração do Projeto de Paisagismo.

2.1 Vegetação


A vegetação escolhida deve ser visualizada como um conjunto de organismos vivos, que se

articulam e modificam os espaços livres, por meio das suas características, funções e

significados.

Deve ser escolhida entre as espécies nativas ou as já adaptadas ao país e disponíveis

comercialmente, preferencialmente na região do Projeto Habitacional.

A escolha da vegetação deve considerar o porte, tempo de crescimento, tipo de raiz, época

de floração, característica de flores e frutos, dimensão, toxidade, adaptação às qualidades

do solo, cuidados necessários e adequação à paisagem da região.

Privilegiar na escolha da vegetação, mudas de porte e de preço moderado, rápido

crescimento, resistente à pragas e doenças e espécies frutíferas, com o intuito de atrair a

fauna local.

Devem ser evitadas árvores com frutos ou flores danosos à saúde ou que por sua dimensão

ofereçam perigo aos usuários.

A implantação da vegetação não deve perder de vista a infra-estrutura instalada, tanto a

aérea como a enterrada. Suas raízes devem ficar distantes das canaletas, das guias, etc.
Escolher árvores com raízes não agressivas quando forem próximas aos passeios.

A vegetação empregada deve ser basicamente de árvores e de forrações, evitando-se os

arbustos que formem moitas. Eles não devem ser plantados em espaços públicos. Em

condomínios, quando utilizados, poderão acompanhar muros, fechamentos, delimitar


As forrações são usualmente utilizadas para proteger o solo de processos erosivos. São

divididas em gramíneas e forrações propriamente ditas. Sua especificação deve considerar

as características do solo e as condições de insolação.

As gramíneas, especialmente a grama batatais, são utilizadas em áreas que sofrerão

pisoteio e pleno sol. Já outras forrações poderão ser empregadas em áreas isentas de

circulação.

2.2 Terra


O projetista deve considerar a terra como elemento plástico que poderá ser modelado. A

alteração da morfologia por meio da construção de volumes poderá modificar os usos e

distribuir melhor os espaços. Em caso de terreno com inclinações acentuadas ou terra

pouco agregada, utilizar o sistema de terraceamento, para conter as erosões.

Fica ressaltada, contudo, a necessidade de respeitar as características da topografia

existente.

Deve-se preservar na movimentação de terra o solo de cobertura, mais rico em matéria

orgânica.

A análise do solo deve preceder o plantio. Para atender ao cronograma de plantio, as

amostras para a análise devem ser colhidas no início da obra de terraplenagem.

A textura e a cor da terra podem ser indicadores da sua qualidade, relacionando-as à sua

fertilidade e às condições necessárias ao plantio.

2.3 Água


O Projeto de Paisagismo deve tirar partido dos corpos d’água existentes e da captação das

águas provenientes da drenagem, pois elas podem constituir importante elemento projetual.

Sua presença proporciona conforto aos usuários.

O Projeto de Drenagem específico deve fazer parte do Projeto de Drenagem geral do

Empreendimento.

A irrigação da vegetação deve ser prevista no Projeto de Abastecimento de Água dos

condomínios e das praças, com a locação dos pontos de água.

2.4 Equipamentos de Esporte e de Lazer


A escolha de equipamentos e brinquedos a implantar deve obedecer normas específicas e

contemplar todas as faixas etárias.

Os equipamentos comumente utilizados pela CDHU são : quadra poliesportiva, "campinho"

de futebol, pista de skate, brinquedos infantis, mesa de jogos, etc.

A implantação de canchas de malha necessita de cercamento da área.

Para a recreação infantil poderão ser pintados no chão jogos de amarelinha, caracol, etc.

2.5 Mobiliário Urbano


O mobiliário urbano, da mesma forma que a vegetação, contribui para a estruturação e

organização do espaço.

Comumente utilizam-se bancos, mesas, postes de iluminação, protetores de árvores, etc.

Devem ser resistentes e exigir pouca manutenção. Para a sua especificação, consultar

padrões CDHU, indicar produto disponível no mercado ou detalhar solução adotada.

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2.6 Pisos


A área pavimentada deve ser minimizada, deixando o máximo de solo permeável, sempre

que possível.

A escolha dos pisos deve considerar os diferentes usos no projeto. Os critérios para a sua

especificação devem considerar a qualidade estética, a durabilidade, a facilidade para

manutenção, a permeabilidade às águas pluviais. Deve-se privilegiar o uso de elementos

drenantes, como gramado, pedriscos, pisos articulados, etc.

A circulação em praças e condomínios pode ser em concreto desempenado ou bloco de

concreto intertravado. Recomenda-se a largura mínima de 1,50 m . Se o fluxo de pessoas

for grande, a largura deve ser aumentada.

Recomenda–se que os pisos para os playgrounds não sejam de areia. Eles podem ser

gramados ,em terra batida ou utilizar outras combinações como o piso PTA ( composição de

terra e areia ).

2.7 Iluminação


A iluminação tem a finalidade de aumentar a segurança e criar condições para a melhor

utilização do espaço externo pelo usuário .

Deve-se prever iluminação nos acessos, nas áreas de circulação, de lazer, de esportes,

otimizando a localização dos pontos de luz.

O Projeto de Iluminação específico deve fazer parte do Projeto de Elétrica geral do

empreendimento.

Serão fornecidos padrões ou referências para as luminárias e postes de luz.

2.8 Detalhes construtivos


São as escadas, rampas, passeios, pisos, pérgolas, corrimãos, guarda-corpos, escadas

hidráulicas, canaletas, grelhas, etc.

Serão adotados padrões CDHU ou detalhados no projeto, quando necessário.

As soluções para acesso em desnível deverão ser feitas com a construção de rampas, de

acordo com a norma NB9050, que garante a acessibilidade a pessoas portadoras de

deficiência física. Recomenda-se a construção de escadas em paralelo. Utilizar sempre

corrimão e guarda-corpo.

3 Projeto 


As áreas destinadas ao Projeto de Paisagismo são os espaços livres do Condomínio, o

Sistema Viário, as Praças e as Áreas de Preservação Permanente.

Os quantitativos para os projetos desenvolvidos devem ser separados conforme a área e o

assunto abordado. Ex. : apresentar quantitativos específicos para Praça, para Sistema

Viário, para APP, etc.

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3.1 Sistema Viário


O plantio de árvores no Sistema Viário tem como função principal a melhora das condições

ambientais e estéticas. Recomenda-se especificar espécies nativas com raízes não

agressivas.

As faces mais adequadas para a arborização são a norte e a oeste, desde que não

conflitantes com postes da rede elétrica .

Na face leste, privilegiar o sol da manhã, empregando árvores com copa menor, nas faces

oeste e norte utilizar árvores frondosas para proteger as edificações do sol da tarde.

Implantar árvores de pequeno porte, em calçadas estreitas, e onde exista fiação aérea .

As árvores de médio porte poderão ser especificadas em calçadas mais largas e canteiros

centrais.

O ponto de locação da árvore deve manter uma distancia mínima da metade de sua copa

adulta, de qualquer obstáculo ( ex : postes e edificações ).

Recomenda-se que a implantação das árvores tenha início a 6,00m das esquinas.

Sempre que a largura das calçadas permitir deverão ser implantadas "calçadas verdes” .

Calçada verdes são áreas gramadas ao longo dos passeios, que acompanham as áreas de

circulação de pedestres. Sua finalidade é aumentar a permeabilidade do solo. Elas podem

estar junto aos muros e/ou guias. O projeto deve observar o acesso às garagens e o

trânsito de pedestres e automóveis. As interrupções devem ser evitadas, pois as áreas

gramadas contínuas são de manutenção mais fácil .

3.2 Praças


O projeto da praça deve atender ao programa elaborado . Deve oferecer lazer ativo e



passivo e abranger todas as faixas etárias.

As praças devem estar localizadas em pontos estratégicos, de forma a facilitar seu acesso.

Para isso devem-se analisar os fluxos, aqueles já existentes e os novos, propostos pelo

projeto.

As praças são espaços de socialização e convívio, cujo projeto deve apresentar uma leitura

clara para os usuários. Neste sentido são importantes a qualificação e a acessibilidade dos

espaços, conforme a sua finalidade e utilização.

A circulação deve ser clara e segura, especialmente para crianças, idosos e deficientes.

Deve-se evitar áreas verdes de pequenas dimensões em pontas de quadras para que não

sejam invadidas pelos confrontantes.

A luz e o sombreamento das praças devem ser equilibrados e definidos de acordo com o

uso dos espaços e região onde se encontram.

Poderão ser implantados playground, quadras de esporte, pistas de skate, pistas de cooper,

ciclovias, áreas para jogos, bancos e outros equipamentos compatíveis com espaços

públicos .

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3.3 Condomínios


Os espaços livres, definidos pelos volumes, cores e implantação das edificações, devem ser

objeto de cuidados projetuais com qualidade estética e preocupação ambiental visando

atender às necessidades dos usuários.

Utilizar a vegetação como elemento estruturador das áreas livres de modo a auxiliar a

organização e a delimitação de usos, maximizando o aproveitamento daquelas destinadas

ao convívio e lazer.

A vegetação não deve criar conflito com as edificações .Sua implantação deverá levar em

conta a orientação solar, minimizando a insolação excessiva (norte/oeste) e não obstruindo

as áreas de menor insolação ( sul/leste ).O modo de crescimento da raiz, a forma e a

dimensão final da copa da árvore devem influir na escolha da espécie. Face às dimensões

das áreas de plantio, as árvores escolhidas podem alterar a percepção do espaço.

As áreas de convívio e de lazer devem ser sombreadas.

Arborizar e sombrear os estacionamentos de forma a não prejudicar a circulação dos

veículos e evitar frutos, flores e folíolos que lhes causem danos.

Perto de calhas não deverão ser especificadas árvores caducifólias, nem plantas higrófitas

próximas às canalizações.

Os equipamentos sugeridos para as áreas livres são : playground, mesas para jogos,

bancos, etc.

4 Área de Preservação Permanente – APP

4.1 Diretrizes Básicas


No Paisagismo, as Áreas de Preservação Permanente ( APP ) constituem um tema de

grande complexidade e diretrizes específicas .

As Áreas de Preservação Permanente são definidas por Lei Federal, Estadual e /ou

Municipal segundo a altitude, declividade, ocorrência de corpos d’água, áreas

remanescentes de matas nativas.. O objetivo das APP é proteger as nascentes e cursos

d'água, preservar a qualidade da água e as áreas de mananciais, diminuir o processo de

evaporação dos reservatórios com o enriquecimento da mata ciliar, minimizar a erosão ,

proteger a fauna, preservar e/ou recuperar a vegetação existente.

Nos terrenos da CDHU, as Áreas de Preservação Permanente estarão sempre inseridas em

v


Nos terrenos da CDHU, as Áreas de Preservação Permanente estarão sempre inseridas em

áreas urbanas ou de expansão urbana, definidas por lei municipal.

Deve-se criar, sempre que possível, uma área de transição entre a Área de Preservação

Permanente e a área efetivamente ocupada por moradias. Esta transição deve ser de uso

público, uma rua ou um passeio por exemplo, que funcione como proteção para a mata

nativa e como proteção para os moradores locais, da invasão da fauna local.

Na fase inicial, as Áreas de Preservação Permanente devem ser cercadas. Na fase de



consolidação, uma APP poderá ser usada pela população, desde que resguardada a

integridade da vegetação existente, criando-se, por exemplo, trilhas para caminhadas.

Deve-se planejar o envolvimento e a mobilização da comunidade, por meio de parcerias,

participação das Prefeituras e Secretarias, para que o resultado do Projeto, recuperação e

manutenção das APP, a médio e longo prazo, tenham resultado.

Recomenda–se que as espécies escolhidas sejam nativas e características da região.

4.2 Projeto


A elaboração do projeto para as Áreas de Preservação Permanentes compreende a

caracterização da área a ser recuperada, a definição da metodologia e condições

operacionais, a avaliação do projeto, o levantamento de recursos humanos, financeiros e o

cronograma de execução da obra.

Caracterização


Inicialmente é necessário identificar o tipo de mata a ser recuperada, se pertence à Mata

Atlântica ou Cerrado, se são áreas florestais, se estão degradadas, se estão ao longo de

corpos d'água, etc.

As áreas devem ser caracterizadas conforme a vegetação, o relevo, o tipo de clima, a

temperatura, a fertilidade do solo, a umidade, a facilidade de erosão, o estado de

conservação, as redes de drenagem, a malha viária, a ocupação anterior, a atual, etc. No

caso das áreas de matas ciliares, classificar a extensão das áreas, o período de inundação

e verificar o estágio de perturbação e degradação existentes.

Classificação


Se as APP estiverem degradadas, deve-se fazer a sua classificação.

É necessário identificar corretamente o processo de deterioração em curso e o potencial de

regeneração existente nas APP, para que se faça o projeto de recuperação mais adequado

e com menor custo. Classificar a degradação é importante para que a causa seja eliminada,

os agentes envolvidos sejam identificados e controlados os processos erosivos,

possibilitando a escolha da melhor alternativa para o projeto de intervenção, com melhores

resultados .

As APP podem ser classificadas em :


a) Áreas degradadas . São aquelas que perderam sua capacidade de se auto recuperar.



Sem condições de regeneração, estas áreas dependem, da recuperação do solo, para

depois se proceder ao plantio.

b) Áreas perturbadas. São aquelas que sofreram a intervenção humana e ainda têm



condições de retornar à condição original. Nesse caso o sistema de plantio pode ser feito,

preenchendo-se com vegetação os espaços livres, para acelerar o processo de regeneração

da floresta. Considera-se esse procedimento como um enriquecimento de plantio.

c) Áreas onde já se verificam sinais de recuperação natural

. São florestas naturais


primárias, que pouco sofreram com a ação do homem e conservam as características de

alta diversidade e regeneração. Verificada esta situação , será necessário apenas o

cercamento inicial de toda a área, para que o processo em curso não seja interrompido.

Modelo de Plantio


A escolha do modelo de plantio e das espécies, nativas da região, devem partir da análise

das condições existentes e das características em que as áreas de preservação se

encontram.

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A partir da classificação anterior, devem ser definidas as soluções possíveis, como o

enriquecimento da vegetação, o adensamento, a condução da regeneração natural, o

plantio por sementes, o plantio convencional, a implantação da floresta, etc.

As diferenças entre as espécies florestais residem no tamanho e germinação das suas

sementes, velocidade de crescimento, tipo de dispersão, suscetibilidade à luz direta, etc.

Existem diversos esquemas de plantio que podem ser utilizados . As maiores diferenças

entre os modelos residem nos espaçamentos definidos para o plantio das diferentes

espécies e nas quantidades percentuais estabelecidas entre os tipos utilizados ( pioneiras,

secundárias, clímaxes ).

A densidade varia entre 2.500 mudas/ha ( malha de 2mx2m ), 1666 mudas/ha (malha de

3mx2m ) e 1.100 mudas/ha ( malha de 3mx3m ).

Para o plantio na faixa complementar ( paralela à faixa marginal ),

recomendam-se "espécies de médio e grande porte, características de terra firme, com

espaçamento de 3mx3mx3m ".

O plantio de alta densidade è recomendado para áreas suscetíveis à erosão, com

necessidade de rápida cobertura, controle de gramíneas indesejáveis e redução da

manutenção, resultando em maior custo de implantação e menor manutenção.

Os resultados do plantio de baixa densidade são mais demorados , exigem maior custo de

manutenção, mas tem menor custo de implantação.

Em áreas com gramíneas invasoras deve-se utilizar modelo de alta densidade, com

pioneiras agressivas e sombreadoras.

As linhas de plantio devem seguir as curvas de nível , sempre que possível.

Quando as áreas de preservação permanente compreenderem áreas cultivadas, aproveitase

o adubo e o preparo do solo da cultura anterior e utiliza-se o maior número de pioneiras

longevas .

Se forem áreas de capoeira, deve-se utilizar o enriquecimento com plantas secundárias e

clímaxes e plantio em linhas mais espaçadas ou ainda com o plantio em ilhas onde não


Em áreas muito degradadas, onde foi retirado solo, deve-se primeiro recuperá –lo com o

plantio de pioneiras . Somente depois,

proceder o plantio com as não pioneiras.

A representação de um projeto de

recuperação de APP pode ser feita através

de um módulo que represente todo o plantio.

O módulo deverá conter os tipos de árvores

que se sucedem numa área de regeneração:

as pioneiras, as secundárias e as clímaxes.

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Em áreas de Cerrado não há necessidade de utilizar espécies que forneçam

sombreamento para outras, pois suas plantas exigem luz. Suas raízes, muito desenvolvidas,

apresentam enorme capacidade de resistir às perturbações (geadas, fogo ,corte) e

dependem menos da dispersão e germinação das sementes.

4.3 Projeto Básico


O Projeto Básico é composto do Projeto de Implantação , Memorial Descritivo e Planilhas de

Quantidades.

4.3.1 Projeto de Implantação



O Projeto de Implantação deve mostrar a localização e entorno da área de intervenção, suas

dimensões, cotas e curvas de nível, modelo de plantio, implantação das espécies, tabela

da vegetação, cercamento projetado.

Deve mostrar, com textura diferenciada, as áreas de intervenção e a sua extensão ( m2 ),

com legenda específica.

4.3.2 Memorial Descritivo



O Memorial Descritivo deve conter a caracterização da APP, sua classificação quanto à

degradação, o modelo de plantio adotado, procedimentos para o plantio e sua manutenção,

especificação, qualificação e quantificação das espécies, dimensão da área de intervenção,

indicação e quantificação dos insumos utilizados e o cronograma de plantio. O cronograma

de plantio deve incluir a manutenção por dois anos a partir do término da execução do

projeto.

Procedimentos para o plantio:


Construção de cerca

Retirada de amostras do solo para análise

Limpeza do terreno

Combate à pragas e à vegetação competidora

Preparo do solo

Locação de covas

Coveamento

Distribuição de insumos nas covas ou nas linhas de plantio

Coroamento manual ou químico nas covas

Plantio ( inclui transporte, viveiros de espera, distribuição e plantio de mudas )

Irrigação ( se fora da estação das chuvas )

Manutenção ( substituição de plantas mortas )

Controle de pragas e de vegetação competidora

Combate à formigas

Roçadas nas ruas entre as linhas de plantio

Coroamento das mudas

Colocação de cobertura morta

Adubação de cobertura

Especificações e quantificação:

Coveamento


Pode-se fazer o coveamento manual ou mecanizado.

Covas


A dimensão da cova deve ser de acordo com o tamanho do torrão da muda escolhida .

Mudas


As mudas poderão ser fornecidas em tubetes ou sacos plásticos.

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As mudas em tubetes são menores , mais baratas e devem ser recomendadas para o início

dos ciclos das águas.

As mudas em sacos plásticos são maiores ( cerca de 50 cm ) , mais caras e são

recomendadas quando o plantio é feito na estação seca.

Tutores


Não é necessário a utilização de tutores para o plantio com "tubetes".

Recomenda-se um piquete com o topo pintado de branco, cal ou látex, ao lado da muda

para sinalizar que não é mato e deve ser coroado.

Para o plantio em sacos plásticos, o uso de tutor é necessário para proteger a planta e o seu

torrão dos ventos fortes.

5 Produtos Contratados e Padrões utilizados

5.1 Elementos Técnicos fornecidos


Endereço e localização.

Programa de Projeto

Topografia original com a vegetação existente e/ou levantamento fitossanitário,

Projeto de Urbanismo : Parcelamento do Solo, Implantação e/ou Planta Cadastral , quando

existente.

Foto aérea, quando existente.

Detalhes padrão dos equipamentos urbanos, mobiliário, etc.

5.2 Produtos Contratados


5.2.1 Relatório de Vistoria



O relatório de vistoria deve conter :

aspectos geológicos e morfológicos,

vegetação significativa existente ( considerar diâmetro à altura do peito, DAP, igual ou maior

que 5cm ),

localização dos postes de iluminação,

ocorrência de Áreas de Preservação Permanente,

registro da área e seus pontos notáveis por fotos,

consulta à Prefeitura Municipal e outros órgãos sobre a legislação incidente,

viveiros e fornecedores de mudas regionais .

5.2.2 Laudo de Caracterização da Vegetação



Todo Projeto de Empreendimento Habitacional deverá ser acompanhado do Laudo de


Caracterização da Vegetação, que irá levantar as características da vegetação encontrada

e identificar a existência ou não de vegetação significativa no terreno. Tal laudo deverá ser

assinado por profissional competente: engº Agrônomo , engº Florestal ou Biólogo.

5.2.3 Projeto de Paisagismo



O Projeto de Paisagismo compreende a concepção de projetos completos para as áreas

pré-estabelecidas. Abrangem a apresentação em duas etapas : o Plano de Massas e o

Projeto Básico. O Memorial Descritivo deve acompanhar os projetos elaborados

5.2.3.1 Plano de Massas


O Plano de Massas, entregue em folha padrão CDHU deve conter a proposta de ocupação

da área com a localização e dimensão estimada para os diferentes usos, as interligações

necessárias e a volumetria da vegetação em sua fase adulta.

5.2.3.2. Projeto Básico


Nesta etapa o projeto deverá conter a delimitação dos pisos e definição das espécies

vegetais, equipamentos de lazer, mobiliário urbano, pontos de água e de luz.

Deverá ser apresentado em dois desenhos: um de locação dos pisos e obras civis e outro

da implantação da vegetação com a respectiva tabela das espécies.

A planta de pisos deve apresentar também as indicações dos níveis dos patamares e as

diretrizes de escoamento superficial das águas pluviais .

5.2.3.3 Memorial Descritivo de Paisagismo


O Memorial Descritivo deverá descrever a forma de ocupação do terreno , suas relações

com o meio no qual está inserido , explicando as razões e critérios que levaram à adoção

das soluções apresentadas.

Deverá justificar os usos previstos, as faixas etárias para as quais estão destinadas as áreas

de lazer, os critérios para a escolha dos equipamentos e da vegetação .Deve apresentar os

itens abaixo.

Procedimentos p/ implantação e cuidados com a manutenção.




Limpeza do terreno


Limpar o terreno de detritos de obra, lixos e restos de construção.

O solo deverá ser revolvido cerca de 25cm de profundidade, destocado e limpo de pedras,

raízes e ervas invasoras.

Orientação para o preparo e correção do solo


A composição do solo e a topografia do terreno podem determinar a escolha das espécies .



Para análise e diagnóstico, as amostras de solo deverão ser colhidas nas áreas destinadas

ao plantio, após a locação do conjunto.

Deve-se verificar o PH do solo, e se necessário fazer a calagem para a sua correção.

A especificação dos adubos deve seguir a orientação do fabricante e do. eng. agrônomo

responsável. O tempo destinado ao processo de adubação deve estar previsto com a

antecedência necessária antes do início do plantio.

Escolha e transporte das mudas


As plantas devem ser adquiridas de viveiros idôneos, próximos do local da obra.

As mudas devem ser entregues no local da obra, em data próxima ao plantio.

Para implantações maiores, recomenda-se a instalação de viveiro de espera com ponto de

água . Deve-se manter definido, e claramente identificado o lote de cada espécie.

Elas devem ser saudáveis, com um único fuste ereto ( no caso de árvores ), e com as raízes

Elas devem ser saudáveis, com um único fuste ereto ( no caso de árvores ), e com as raízes

envoltas pelo torrão original.

Na entrega, deve-se verificar o padrão de qualidade das plantas e rejeitar as que não

satisfizerem as condições exigidas, providenciar a sua substituição e confirmar a quantidade

de mudas.

Armazenamento


Prever local fresco e ventilado no canteiro, para o armazenamento das mudasv



Abertura e fechamento de covas para árvores


As dimensões das covas para o Sistema Viário serão de pelo menos 60cmx60cmx60cm e

as covas para arbustos serão de 30cmx30cmx30cm.

Verificar o tamanho da cova em relação à espécie plantada e a drenagem da cova antes do

fechamento.

Em caso de solo de saibro ou entulho, a terra da cova deverá ser desprezada.

Nos locais de solo fértil, não há necessidade de substituição da terra original.

Colocar os insumos na proporção recomendada para cada espécie vegetal.

Preservar por 20 dias o repouso mínimo da terra, após a sua adubação .

Retirar a embalagem do torrão, sem desmanchá-lo.

Colocar a muda na cova na posição vertical e após o fechamento, fazer corretamente a

coroa e colocar cobertura morta, tutor e protetor quando for o caso.

Combate às pragas


Proceder periodicamente a limpeza mecânica ou manual, para evitar que as pragas se

alastrem.

Para erradicar pragas, utilizar pesticidas não tóxicos à fauna e seres humanos.

Irrigação


As mudas devem ser irrigadas periodicamente pelo prazo mínimo de um ano, se o plantio

não for programado para a época das chuvas.

Manutenção / Reposição


Os cuidados e a manutenção das áreas plantadas são importantes para o sucesso do

plantio.

Periodicamente as mudas mortas devem ser retiradas e substituídas dentro do prazo

mínimo de um ano.

Tabelas

Tabela da Vegetação

Símbolo* ou

numeração

nome

popular

nome

científico

altura

muda

dim.

da

copa

cor dim.

cova.

quantidade


* Os símbolos, representados pelas copas das árvores em sua fase adulta, devem ser

apresentados separadamente.



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Tabela dos elementos construtivos


nome especificação quantidade

tutor

protetor

poste de iluminação

banco

gangorra

balanço

piso passeio

piso playground

Planilha de Quantidades


As Planilhas de Quantidade deverão ser quantificadas separadamente, conforme o assunto

envolvido e a área do projeto abordado. Deve-se fazer planilhas separadas para o Sistema

Viário, para o Sistema de Lazer ( separando por Praças ), para os Condomínios (separando

por Condomínios ) para as quantificações dos serviços de terraplenagem, drenagem,

plantio, mobiliário, insumos, etc.

Cronograma de plantio


O cronograma deve apresentar as etapas previstas para o plantio. Observa-se contudo, que

o tempo previsto para cada etapa depende do porte do projeto e dos recursos disponíveis.

A limpeza do terreno, o combate à pragas e/ou à vegetação competidora e o preparo do

solo, devem ser feitos antes do período de chuvas ( de novembro a março ).

Recomenda-se o plantio na época das chuvas : outubro a março

Exemplo de Cronograma de Plantio


Descrição 1º mês



semanas

2º mês

semanas

3º mês

semanas

4º mês

semanas

5º mês

semanas

7º mês

semanas

Preparo do terreno,

desagrupamento e

acerto do PH

Descanso*

Adubação

Descanso após a

adubação

Plantio

Irrigação

Adubação de

arranque

Manutenção e

consolidação

*Descanso, se houver calagem



6 Representação gráfica


A planta base para o Projeto de Paisagismo será a folha de Implantação. As informações

para a locação das unidades habitacionais, estacionamentos e sistema viário devem ser

retiradas, ou seja, recuos, estaqueamentos, eixos das vias e pontos de locação das

edificações, para que não se confundam com as da Implantação do projeto paisagístico.

As informações ressaltadas neste projeto serão somente aquelas inerentes ao Projeto de

Paisagismo, como pisos, vegetação, equipamentos de lazer, etc.. O restante das

informações devem servir como referência.

6.1 Folha de Plantio


Deverá ser apresentada na escala mínima de 1:500, em folha A1 padrão CDHU.

Utilizar as seguintes penas:

0,2 para taludes, curvas de nível e malha de coordenadas.

0,3 para guias, calçadas, estacionamentos.

0,4 para forrações e arbustos.

0,5 para árvores e edifícios

6.2 Legenda


Utilizar as seguintes penas:

0,2 para linha de chamada e chave de plantio.

0,2 para as seguintes informações: distância de plantio e quantidade de espécies.

0,3 para a informação referente ao código das espécies.

6.3 Cotas


Quando as formas de indicação citadas anteriormente (legenda de plantio e malha de

coordenadas ) não forem adequadas, poderão ser utilizadas cotas para a locação da

vegetação. Nesse último caso utilizar pena 0,2 para as linhas de chamada.

6.4 Representação Gráfica das Espécies Vegetais


A representação das espécies vegetais poderá ser feita através de número ou símbolo

gráfico. A copa da espécie arbórea utilizada deverá ser representada pelo seu diâmetro na

fase adulta.

As áreas com forrações deverão ser representadas por meio de hachuras.

6.5



Planta de Locação


Deverá ser apresentada na escala mínima de 1:500, em folha A1 padrão CDHU.

Na planta de locação deverá constar toda a parte civil do Projeto Paisagístico e portanto

não serão representadas árvores e arbustos , mas somente as áreas gramadas

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