domingo, 8 de novembro de 2015

Jardinagem prática

JARDINAGEM, é a arte de criar ou fazer manutenção em jardins e áreas verdes, visando  harmonizar determinados ambientes, públicos e particulares. Desenvolveu-se, no Brasil, principalmente a partir do século XIX, com a chegada da familia real portuguesa no Rio de  Janeiro; É dessa época a criação do jardim botânico, dos parques e passeios públicos, mas foram os imigrantes europeus,  os alemães, italianos, entre outros, que trouxeram de fato seus jardins para perto das casas dos brasileiros;  Segmento promissor no campo do agronegócio, a jardinagem e o paisagismo, assim como a floricultura, são atividades econômicas em franca expansão no Espirito Santo; Constituem oportunidade de desenvolvimento, e geração de trabalho e renda, no meio urbano e no  meio rural.
ESTE MANUAL PRÁTICO, descreve os passos necessários para a implantação e manutenção de jardins, utilizando equipamentos e insumos adequados; Fornece informações técnicas para a execução das tarefas de rotina da jardinagem, promovendo o bom desenvolvimento das plantas cultivadas;  Aborda aspectos da criação paisagística, da preservação do meio ambiente, e assuntos que possam interferir na qualidade do serviço prestado. Conteúdo trabalhado nos cursos de jardinagem do Senar – Serviço nacional de aprendizagem rural, em diversas localidades rurais do Espirito Santo.


ESCOLHA DO LOCAL:  É um dos momentos mais importantes na montagem do jardim, e na seleção das plantas que irão conviver neste ambiente; Devemos observar bem, considerar e levar em conta todos os fatores que compõem o ambiente local, visando o sucesso da nossa empreitada:  
luminosidade
 topografia
 tipo de solo
 tipo de clima
disponibilidade de água


vegetação nativav
vias de acesso
histórico do local, etc.
E também a expectativa dos moradores e usuários;  Observe bem as características marcantes do local, inclusive a posição do sol nascente e poente, e a luminosidade; Às vezes pode ser necessário fazer o mapa de sombras, oumapa de exposição solar, desenhando a sua posição às 08:00 hs,  12:00hs e 16:00 hs,  pois a quantidade diária de horas de luz e sombra, o fotoperiodo, é que vai determinar qual espécie vegetal mais adequada para cada lugar do jardim; Dependendo das características e do tamanho da obra, talvez seja necessário fazer um levantamento topográfico, ou pelo menos um croquí, um rascunho, identificando o tamanho da área, os limites, a declividade, etc. Localize as instalações elétrica, hidráulica, ou tubulações enterradas; Devemos evitar os terrenos pedregosos, muito rasos ou sujeitos ao encharcamento, e se for preciso, construir valetas de drenagem, colocando britas ou canos furados, para favorecer o escoamento das águas pluviais. Outro procedimento a ser adotado, se necessário, é o combate às formigas cortadeiras, através da colocação da isca formicida, ao lado dos trilhos e principais olheiros ativos. A isca  é pouco tóxica, e até que dá bons resultados;   A dosagem e modo de usar, devem ser executados conforme orientação do fabricante. Entretanto, se o formigueiro ainda é novo, não muito profundo, ele pode ser escavado e destruido com enxadão.


PROGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO JARDIM: Depois da etapa de observações, planejamento, da tiragem de fotos, o trabalho agora consiste na limpeza geral da área, erradicação dos matos, retirada de lixos, entulhos de obras, paus, pedras, plásticos, raízes, etc. Geralmente o solo vai estar compactado, com sua camada superficial bastante endurecida, impermeável; Faça a “aração manual” no terreno, revirando-o com enxadão, ou mesmo picareta, até uma faixa de 20 cm de profundidade, obtendo assim uma terra mais solta, de consistência macia e porosa. Dependendo da necessidade, pode ser trazida uma outra terra, de cor escura, livre de sementes e raízes de mato, para melhorar as características do local. Pode-se misturar também areia de rio, esterco curtido ou substrato orgânico, que as plantas gostam, quando o solo se encontra muito argiloso e compactado (barrento); De qualquer forma, é interessante que a correção e adubação do solo sejam realizadas pelo menos 30 dias antes do plantio, de preferência seguindo as recomendações obtidas da análise de solo. A terra ácida é também conhecida como “terra cansada”, terra fraca, solo duro. A correção do solo então, é o processo de adequação da acidez, através da adição de matéria orgânica ao solo, e do corretivo calcário dolomítico, aquele pó branco, feito de rocha moída, muito importante para o desenvolvimento das plantas em geral. Porém, não sendo possível realizar a análise de solo em laboratório, pode-se utilizar uma recomendação média para nossa região: Adubação de plantio: Esterco de curral curtido = 10 litros/m2 Superfosfato simples = 200 g/m2 Calcário dolomítico = 300 g/m2 O calcário deve ser usado com antecedência, separadamente dos outros adubos, visando o seu melhor aproveitamento. Em seguida, vamos demarcar os canteiros, as covas ou os “berços“, em ordem decrescente de tamanho, de acordo com o previsto no projeto paisagístico;
m ordem decrescente também será a locação dos caminhos, luminárias, arbustos, etc. e outros elementos que vão compor o jardim. Por fim, entram as forrações, as placas de grama, acabamentos e limpeza gerais, sempre orientados por uma sequência lógica. Na marcação dos canteiros, procure utilizar cordas, mangueiras, rolo de linha com estacas de madeira, ou mesmo um risco de cal desenhado no chão; Escave o local demarcado com enxadão, procurando quebrar os torrões, nivelando-o e elevando-o a aproximadamente 15-20 cm de altura, semelhante a um canteiro de horta. Nesta etapa adicione os adubos orgânicos, misturando bem no solo: esterco curtido, substrato, terra vegetal, composto orgânico, húmus de minhoca, palha de café curtida,  carvão moido, etc. conforme a necessidade ou disponibilidade destes materiais. Se não tiver nenhum desses, também não há problema; Execute o preparo do solo normalmente, e o plantio poderá ser feito daqui a 1 ou 2 semanas; Se possível, faça contenções para os canteiros, para evitar que se desmanchem com o tempo, com as chuvas, ou sejam invadidos pela grama. Separe e organize o espaço para cada grupo de plantas, criando combinações harmoniosas, valorizando o ambiente e as edificações;
COMPOSIÇÃO DE PAISAGENS: Um dos fatores mais importantes, que contribuem para o embelezamento do jardim, é a irregularidade de suas formas. Sempre que possível, evite as linhas retas, os ângulos quadrados e canteiros de formas geométricas. Desenhos irregulares, com curvas sinuosas, arredondadas, como uma castanha de caju, são figuras mais adequadas para o equilíbrio do jardim. Na ocasião do plantio das mudas, procure  aproximar as plantas da mesma espécie, colocando-as um pouco mais juntas, formando agrupamentos ou moitas. Com o passar do tempo, elas podem ser podadas ou trocadas d

lugar, de acordo com o seu modo de crescimento;
PREVISÃO DA QUANTIDADE INICIAL DE MUDAS:
distância entre plantas                      quantidade de mudas/m2
0,20 x 0,20 m                                       25 mudas/m2
0,25 x 0,25 m                                       16 mudas/m2
o,30 x 0,30 m                                       09 mudas/m2
0,40 x 0,40 m                                       04 mudas/m2
Entretanto, na montagem dos canteiros, não é adequado misturar várias espécies de plantas diferentes, o que pode causar certa confusão visual no jardim. Não há uma regra rígida, depende do estilo, mas o ideal é que pudéssemos cultivar apenas poucas espécies diferentes por canteiro; Cada planta com seu lugar bem definido no jardim; Não é adequada também a associação de plantas que se entrelaçam, descontroladamente. Vamos mantê-las sempre podadas, cultivando em faixas, em grupos ou isoladamente, e sempre que possível, vamos utilizar o contraste entre as plantas, procurando combinar:
Verde claro/verde escuro
Porte alto/porte baixo
Folha grossa/folha fina, etc.
Explorando as diferentes texturas das plantas, jogando com as cores, e distribuindo bem os elementos na composição do jardim.
OS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O JARDIM:
Elementos paisagísticos                 Elementos vegetais
caminhos                                             árvores
luminárias                                            arbustos
fontes, lagos                                        herbáceas
estátuas                                               gramados
bancos, mesas                                      forrações
quiosques                                             caramanchões
rodas d’agua, cochos                             maciços (agrupamentos, moitas)
engenhos, carros de boi                         cercas-vivas
oratórios                                               alamedas 
troncos, raízes                                      vasos, bonsais
cascalho, pedrisco                                 jardineiras
pedras de rio, etc.                                 bordaduras (cerca-canteiros), etc.
Observe bem a distribuição dos elementos (ou volumes), na montagem do jardim, de modo que não haja competição/concorrência entre os elementos, e que não atrapalhem a visão um do outro, causando confusão. Aproveite aquilo que o local oferece de positivo para o seu projeto: um tronco, uma pedra, um objeto antigo, uma cerâmica, etc.  e valorize a flora regional. Explore também os “planos de fundo” do jardim, como elementos de composição da paisagem; Um barranco, uma parede ou cerca, por exemplo, podem ser trabalhados de forma criativa, e passam a fazer parte de um conjunto harmonioso.
CUIDADOS DURANTE O PLANTIO:
-Utilizar mudas sadias e vigorosas, perfeitamente aclimatadas (acostumadas) com o sol, e de conhecida procedência.
– O momento mais adequado para o plantio é no final da tarde, em dias nublados, de preferência na primavera (inicio das águas), ou em qualquer época do ano, com irrigação.
– Procure fazer a cova ou “berço” duas vezes maior que o torrão da muda.
– Ao retirar a muda da sacola ou do vaso, procure não quebrar o torrão da raíz; Faça a poda das raízes, quando necessário, utilizando tesoura ou faca;
– Coloque a terra adubada aos poucos em volta da muda, e aperte de vez em quando, evitando a formação de bolhas de ar no fundo do berço; Isso ajudará no pegamento e na melhor fixação da planta.
– Cuidado para não enterrar demais o colo, a base do caule, em relação ao nível do canteiro, cobrindo-o com apenas 1 cm de terra;
– Algumas plantas, de caule frágil ou pendente, como as trepadeiras, podem ser amarradas a um suporte (ou tutor), que pode ser de madeira, bambu, etc. O tutoramento tem por objetivo proteger a planta da ação de ventos fortes, e manter a posição ereta, proporcionando melhores condições de desenvolvimento ao vegetal. 
– Após o plantio, não se esqueça de fazer uma irrigação cuidadosa e abundante, visando a hidratação as raízes.
TRATOS CULTURAIS DO JARDIM: Depois da etapa de plantio, devemos dispensar certos cuidados às plantas, especialmente no primeiro ano, para que cresçam bonitas e saudáveis. Cuidados comoregas, adubação, podas, controle de pragas e ervas invasoras, devem ser realizados periódicamente. Os tratos culturais envolvem também todos os cuidados e procedimentos de manutenção dos jardins, como:
 Escarificar (afofar) o solo do canteiro, utilizando a enxadinha ou enxó, sempre que for necessário.
 Amontoar (chegar) terra no pé das plantas novas, na mesma operação da capina manual.
– Na limpeza do jardim, retirar os matos, os lixos, as flores velhas e galhos secos, sistematicamente.
– Faça o coroamento em volta das plantas; Ou seja, apare as bordas do gramado utilizando a cavadeira, com a lâmina bem afiada, para que a grama não se espalhe livremente, invadindo os canteiros e as covas. Os limites do gramado devem se manter muito bem definidos, para não prejudicar a estética e o desenvolvimento do jardim.
– Faça o replantio após cerca de 30 dias, substituindo as plantas mortas, e as mal formadas, visando manter a uniformidade do plantio e preencher os espaços falhos nos canteiros.
-Faça inspeções de rotina, vistorias, em todos os recantos do jardim. Ver
rifique a ocorrência de pragas e doenças, inclusive na página inferior das folhas, fazendo a catação manual, ou tomando o quanto antes as medidas de controle adequadas.
– Realize, se necessário, adubações de cobertura, com adubos orgânicos e minerais; Aplique o adubo NPK das fórmulas 4-14-8 ou 10-10-10, na quantidade de 200 g/m2, aos 30, 60 e 90 dias após o plantio. O NPK representa os elementos: nitrogênio, fósforo e potássio; Uns dos principais alimentos da planta;
– Aplique também os adubos orgânicos, 2 vezes por ano, no inicio e no final das águas (setembro e março), e também na ocasião do plantio das mudas;
Esterco de curral curtido – 10 litros/m2, ou
Esterco de galinha curtido – 3 litros/m2
Se for o caso, repita esta adubação cerca de 30 dias após o plantio, de acordo com as necessidades do local; Procure diversificar com composto orgânico, húmus de minhoca, substrato, terra vegetal, etc; Visando promover a retenção de umidade e a estrutura biológica do solo do jardim. 
Pode-se lançar mão também da adubação foliar, a partir de 30 dias após o plantio, para complementar a boa nutrição das plantas, principalmente com nitrogênio e micronutrientes;

IRRIGAÇÃO: As regas no jardim devem ser realizadas de preferência nos horários mais frescos do dia, no começo da manhã, no final da tarde ou à noite, para um melhor aproveitamento da água pelas plantas. Dependendo das características do local, podemos utiliza
utilizar mangueiras, regadores, aspersores fixos ou portáteis; É importante  que formem uma chuvinha fina, com gotinhas pequeninas, dirigidas à base das plantas.
Não é adequado, porém, encharcar demais o solo, empoçar ou sujar de lama as folhagens e caminhos, nem tão pouco deixar em falta por longos periodos, este recurso  tão valioso para a vida das plantas, o que pode prejudicar o aspecto do jardim. Podemos verificar a necessidade de regar as plantas, através da análise visual, do murchamento das folhas, ou observando o teor de umidade logo abaixo da superficie do solo. As regas no verão podem ser feitas 1 ou 2 vezes por dia; Já no inverno, 1 ou 2 vezes por semana. Essa variação depende de diversos fatores, do tipo de solo, das condições climáticas, da luminosidade, da escolha das espécies, etc. e também da presença de mudas novas. Se o local convive com muita poeira, procure retirá-la das folhas, de vez em quando, utilizando, com cuidado, o esguicho da mangueira ou um paninho úmido. Em espaços mais amplos, podemos dar preferência aos sistemas de irrigação localizada, como gotejamento e micro-spray, que são muito adequados em pomares, chácaras e jardins clonais; Já o aspersor convencional, é o equipamento mais utilizado em gramados esportivos;
PODAS: A poda das plantas ornamentais é uma das práticas mais importantes para a manutenção do aspecto do jardim. “Podar é como cortar os cabelos e as unhas de uma pessoa”;  Ajuda na estética, na sanidade das plantas, corrige problemas e organiza o espaço. No entanto, é preciso que fique muito bem definido, qual o real objetivo de se fazer uma poda em uma planta;
A poda serve para:
– Dar uma forma mais adequada à planta, mais arredondada;
– Produzir uma folhagem mais densa
 
compacta;                                                                                                                         
– Conduzir ou limitar o crescimento da planta;
– Renovar sua folhagem e suas flores;
– Arejar/iluminar o ambiente do jardim; 
– Fortalecer os ramos e o tronco;
– Induzir a produção de flores, de frutos, etc;
A melhor época para se fazer a poda, segundo os “antigos”, é durante os meses que não tem “R”; E não por acaso, coincidem com o periodo de seca, de dormência das gemas, quando não emitem novas brotações. A roseira (Rosa spp), é uma tradição conhecida, recomenda-se podar na lua nova de agosto; Mas essa não é uma regra geral; A melhor época da poda, depende, na verdade, do periodo de floração da planta a ser podada, para que haja tempo suficiente de regeneração dos ramos.  Já a poda de limpeza ou saneadora, a retirada de ramos secos e doentes, esta pode ser feita em qualquer época do ano. Antes de podar, de qualquer forma, devemos “pedir licença” à planta, e localizar as gemas (ou nós), de onde vão surgir as novas brotações e a nova planta. Em geral, devemos retirar da planta:
– Ramos Finos, Secos
– Baixeiros
-Quebrados
– Entrelaçados
– Praguejados
– Que desequilibram a planta
– Que se dirigem para baixo
– Que saem do alinhamento ou da forma desejada;
Cada situação pede um tipo de intervenção diferente;  As ferramentas (serrotes, tesouras e podões), devem se manter sempre amoladas, lubrificadas e limpas, de modo a favorecer a cicatrização do corte. Jamais devemos ferir, rachar ou descascar os ramos podados; Evite também o uso do facão como ferramenta de poda, a não ser que seja um corte muito bem executado. Se for necessário, utilize a pasta bordalesa, cicatrizante, para pincelar o local do corte, em especial nas fruteiras. Aproveite os bons ramos podados para a obtenção de mudas.
MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS: Os principais insetos-praga, causadores de danos em plantas ornamentais são: pulgões, cochonilhas, lagartas, formigas, cupins, grilos, paquinhas, abelha cachorra (irapuá), e também ácaros, lesmas e caracóis; No entanto, sempre que possível, devemos conviver pacificamente com todos os seres, desde que não causem danos que venham a prejudicar o jardim; Em pequenas áreas, geralmente faz-se apenas a catação manual, a destruição dos ovos, larvas e insetos, ou então se faz a poda e eliminação das partes afetadas; Da mesma forma em relação aos fungos, causadores de manchas, podridões, desfolhamentos, etc; Faz-se a poda de limpeza, ou saneadora; Se a planta estiver em um vaso, além de outros cuidados, experimente também mudá-lo de lugar; Elimine os restos culturais doentes,  jogue fora ou enterre; Em frutíferas, procure recolher os frutos podres, do pé e do chão, para reduzir a incidência de “moscas das frutas”; Devido a dificuldade e grande risco da utilização de produtos agrotóxicos em áreas urbanas e residenciais, recomenda-se o uso de práticas naturais, como iscas, armadilhas, plantas aromáticas, inimigos naturais, caldas naturais, erradicação de plantas, entre outras;
Para combater os insetos em geral, principalmente os pulgões e cochonilhas, os chamados  “piolhos de plantas”, pode-se utilizar a CALDA DE FUMO E SABÃO:
-100 g de fumo de rolo (deixar de molho por 12 a 24 hs)
-100 g de sabão neutro ou de côco
-20 litros de água
Para controlar os fungos do jardim, principalmente a ferrugem, e outras manchas foliares, pode-se pulverizar a  CALDA BORDALESA:
-200 g de cal virgem/ou 300 g de cal hidratada
-200 de sulfato de cobre
-20 litros de água;
Para se obter a PASTA BORDALESA, é só reduzir a quantidade de água para 12 litros;
URINA DE VACA: indicada como inseticida, fungicida e adubo foliar;
-Deixar descansar por 3 a 7 dias, em local protegido;
-Diluir 200 ml de urina em 20 litros de água, e pulverizar sobre as plantas, a cada 15 – 30 dias;
Além destes, há outros produtos do receituário caseiro, bastante conhecidos e de eficiência comprovada, que podem contribuir com o equilibrio do ambiente do jardim, assim como o EXTRATO DE ALHO, ÓLEO DE NIM, BIOFERTILIZANTE, CALDA DE CINZA, CHÁ DE ARRUDA, CHÁ DE CONFREI, etc;
MANUTENÇÃO DE GRAMADOS: As gramas constituem um importante elemento na composição dos jardins; Fazem a ligação entre os diversos espaços, dão destaque às outras plantas e amenizam a temperatura; A grama necessita de pleno sol, pra ficar sempre verdinha e formar aquele tapete vivo no jardim; Necessita também de aparas regulares, a cada 30 dias, aproximadamente, dependendo da espécie e da época do ano; Mantenha sempre a altura do corte entre 2 e 4 cm acima do solo, condição fundamental para se promover a boa aparência do gramado, e formar uma grama bem fechada, pra resistir ao surgimento de ervas invasoras; Estas, quando invadem o local, NÃO devem ser cortados à máquina junto com a grama, como se faz normalmente por aí; Os matos devem ser arrancados cuidadosamente, com raiz e tudo, usando ferramentas de ponta, como o inço, ou então herbicidas seletivos;
Na recuperação de gramados, após a retirada dos matos e o corte, faça uma cobertura sobre a grama, misturando homogeneamente:
Areia ou terra de barranco…2,0 kg/m²                                            
Substrato orgânico…1,5 kg/m²
Aproveite para cobrir as imperfeições e nivelar os buracos;
A aeração do gramado, é outra importante prática de recuperação, para solos endurecidos, onde são feitos vários furos no terreno, e os enchemos de substrato, com o objetivo de arejar o solo, e permitir que a grama possa respirar um pouco; Algumas placas podem ser replantadas, nos lugares onde a grama não se recupera mais; Corrija também problemas como drenagem insuficiente, ou formação de poças no gramado;
Aplique em cobertura, os adubos NPK 10-10-10, ou Sulfato de amônio, na quantidade de 35 g/m², distribuindo à lanço, sobre o gramado, quando for no dia e no horário de uma boa chuva; Se não chover, faça logo após uma irrigação abundante;
As principais espécies de grama, as mais utilizadas em jardinagem são:
Grama Esmeralda,
Grama Batatais,
Grama Japonesa, e
Grama Santo Agostinho, que tolera bem a condições de meia-sombra;
O plantio da grama pode ser feito através de placas, mudas ou sementes, e a preparação do solo é semelhante a dos outros canteiros, só um pouco mais raso; No momento do plantio, as placas de grama devem ser bem socadas, pra fixar suas raízes adequadamente; Faça o rejunte entre as placas com terra adubada, e procure nivelar bem o terreno; Erradique as ervas invasoras, antes e durante a implantação do gramado; Evite o uso de estercos mal curtidos, que trazem muitas sementes de mato para o local de plantio; Não deixe ninguém pisar, e regue todos os dias, durante pelo menos 1 mês, até o completo enraizamento;

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