domingo, 8 de novembro de 2015

As plantas ornamentais



Plantas ornamentais

Planta ornamental é toda planta cultivada por sua beleza. São muito usadas na arquitetura de interiores e no paisagismo de espaços externos. Há indícios que desde os primórdios da humanidade, algumas espécies como o lírio branco (Lilium candidum) eram cultivados para esse fim (o lírio branco, especificamente, foi registrado em pinturas da civilização minóica, sendo este o registro mais antigo do cultivo desta espécie).
As espécies ornamentais foram selecionadas pelos humanos a partir de caracteres visualmente atraentes, como flores e inflorescências vistosas, coloridas e perfumadas, folhagem de cores e texturas distintas, formato do caule, ou por seu aspecto geral. Ao longo do tempo, os homens perceberam que poderiam aprimorar qualidades desejáveis em uma planta a partir de cruzamentos entre indivíduos particularmente bem dotados. Assim começaram a surgir novas variedades, com novas cores, flores maiores e mais duráveis, mais resistência ao clima ou a predadores. As rosas, cultivadas há milênios no Oriente Médio, já não se apresentam mais em seu estado original, mas a imensa variedade de formas e híbridos obtidos ao longo de todos esses anos de cultivo são sintomáticos da capacidade humana de transformar a natureza para atender suas necessidades.
A descoberta da América em 1492 trouxe ao Velho Mundo uma nova fonte de plantas ornamentais completamente diferentes das que se cultivava havia milênios. Bromélias, orquídeas, aráceas e muitas outras foram prontamente levadas à Europa e se tornaram extremamente populares. As expedições ao Sudeste Asiático a partir do Século XVI revelaram aos europeus outra grande fonte de espécies desconhecidas e exóticas, que até hoje concorrem com as espécies americanas em popularidade nas estufas e jardins tropicais.
A demanda por plantas ornamentais americanas abriu brecha para a coleta indiscriminada e o tráfico de plantas, que, quando não extinguiu, reduziu drasticamente as populações naturais de tais espécies. Algumas, por outro lado, adaptaram-se perfeitamente aos novos ambientes em que foram introduzidas e tornaram-se plantas daninhas.
Apesar da coleta ilegal ser ainda praticada, as plantas ornamentais são hoje cultivadas em fazendas, e movimentam um mercado bilionário no mundo inteiro, cuja demanda só faz crescer. Algumas cidades brasileiras, como Holambra ou Suzano, vêem na produção de plantas ornamentais uma de suas principais atividades econômicas.
Algumas exemplos dessas plantas são bromélias de sol, agaves e palmeiras de interiores.
Bonsai
Bonsai (japonês: 盆栽, bon-sai), que significa "árvore em bandeja". No entanto, o mero fato de uma árvore estar em um vaso raso não faz dela um bonsai. Um bonsai é uma réplica artística de uma árvore natural em miniatura. É essencialmente uma obra de arte produzida pelo Homem através de cuidados especializados.
  • As origens históricas
Há quem pense que o bonsai teve a sua origem no Japão; mas na verdade foram os chineses os primeiros a cultivar árvores e arbustos em vasos de cerâmica. Há provas de que, já em 200 d.C. os chineses cultivavam plantas envasadas como prática habitual da sua atividade de jardinagem.
  • O Bonsai como hobby
O bonsai é um hobby fascinante. No Ocidente desenvolveu-se bastante nos últimos 20 anos e hoje estas pequenas árvores estão espalhadas por todo o mundo. O crescente interesse pelo bonsai é partilhado com a crescente atenção dada às artes orientais nos últimos anos. Para o não iniciado, o bonsai pode estar mergulhado em mistério, mas isso já não se passa com uma pessoa que tenha já algum conhecimento do assunto, é uma extensão lógica da vulgar jardinagem, aplicada a árvores e arbustos em vasos. Porém, para se ser bem sucedido não basta ser bom horticultor; são também necessárias algumas aptidões artísticas. Um bonsai é muito mais do que uma árvore envasada, é uma obra de arte.
  • Técnicas de controle de crescimento
O crescimento das árvores é controlado com a aplicação de várias técnicas:
  • Restrição do crescimento das raízes pelo vaso utilizado: Uma árvore não possui essa restrição na natureza, por isso cresce livremente.
  • Poda das raízes: Dependendo da idade e espécie da árvore, as raízes são podadas, em geral na primavera, e é realizada a troca da terra (substrato).
  • Uso de adubos com menor quantidade de nitrogénio: O nitrogénio em excesso provoca crescimento acelerado e folhas com tamanho maior que o desejado.
  • Rega em quantidades moderadas: Entenda-se por moderada a rega feita com critério, não com economia. O que não podemos fazer é molhar nosso bonsai todos os dias, se ele não seca de um dia para o outro, por isso o clima, o vento, a localização da árvore vão sempre incidir directamente na frequência de rega. A rigor, deve usar-se a sensibilidade, regar quando a terra estiver seca, e não regar quando ela estiver ainda húmida.
    As árvores não são modificadas geneticamente. Praticamente qualquer espécie pode ser utilizada, sendo as mais famosas, as dos gêneros Pinus, Acer, Ulmus, Juniperus, Ficus, Rhododendron, dentre outros.
    • Estilos
    Podem ser encontrados bonsais de vários tamanhos, sendo que a maioria fica entre 5 cm e 80 cm. Os bonsais medindo até aproximadamente 25 cm podem ser chamados shohin. Costuma-se chamar os bonsai menores que 7 cm de mame.
    Podemos encontrar, na natureza, árvores que crescem em formas bastante variadas. Essas formas são imitadas através de "treinamento" (aramação e poda). Os estilos abaixo são os básicos tradicionais. Existem outros que são considerados subtipos dos descritos abaixo.
    • Chokan: Estilo ereto formal. Árvore com tronco reto, que vai diminuindo de espessura gradualmente, da base ao ápice. Os ramos devem ser simétricos e bem balanceados.
    • Moyogi: Estilo ereto informal. Tronco sinuoso, inclinando-se em mais de uma direção à medida que progride para o ápice. A árvore deve dar a impressão de um movimento gracioso.
    • Shakan: Estilo inclinado. Tronco reto ou ligeiramente sinuoso, inclinando-se predominantemente em uma direção.
    • Kengai: Estilo cascata. A árvore se dirige para fora da lateral do vaso e então se movimenta para baixo, na direção da base do vaso, ultrapassando a borda do mesmo. Os vasos nesse estilo são estreitos e profundos.
    • Han-kengai: Estilo semi-cascata. Semelhante ao anterior, com a árvore se dirigindo para fora da lateral do vaso, mas não segue para a base do vaso.
    • Fukinagashi: Varrido pelo vento. Árvore com ramo e tronco inclinados como que moldados pela força do ventoMétodos de Cultivo
     

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